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Eles estavam errados!

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Após ter conquistado certo numero de convertido em Tessalônica, Paulo, Timóteo e Silas sofrendo perseguição da parte dos judeus incrédulos, e debaixo de forte pressão foram forçados à abandonarem a cidade. A retirada precipitada dos obreiros do evangelho deixou a igreja de Tessalônica não alicerçada nos ensinamentos cristãos, especialmente no que concerne a questão da parousia ou segunda vinda de Cristo.( 1 Ts 4 13-18)
O apóstolo Paulo então lhes escreve para mostrar-lhes que a segunda vinda de Cristo envolverá a ressurreição de todos os remidos, que nenhuma vida crente se perderá e que todos os discípulos de Cristo obterão nova estatura espiritual naquele dia.

Montanismo e a volta de Cristo

Montano nasceu na Frígia, Ásia Menor, por volta dos anos 155-160 d.C., tornou-se sacerdote da deusa Cibele. Convertido ao cristianismo, sentiu-se, num dado momento, não só o porta voz, mas a encarnação do Espírito Santo. Afirmava que o Paráclito ( Espírito Santo no grego) prometido em João 14.26, se encarnara em sua própria pessoa, apresentando-se como a presença viva do Paráclito.
Era homem de costumes severos, exigente e tinha como companheiras de evangelização, duas mulheres, Priscila e Maximila, profetisas sacerdotisas. Uma das características de seu ministério era a profecia. Exigia fé incondicional de seus adeptos, obediência às suas ordens e uma moral rígida, dura e rigorosa, a prática ascética de jejuns severos, substanciosas esmolas de qualquer tipo, encorajava e aconselhava o martírio. Ele ensinava que o Senhor Jesus retornaria a terra naqueles dias e estabeleceria um reino de paz, alegria, felicidade completa, harmonia, no qual não existiria a morte, a dor ou qualquer tipo de sofrimento. Este reino de mil anos segundo Montano, se instalaria em Pepuza, na Frígia, e não em Jerusalém. Ele porém falhou. O Senhor não voltou, nem foi estabelecida a Nova Jerusalém.

A virada do milênio

Quando se aproximou a virada do ano milênio, muitos ficaram confiantes que o Senhor Jesus estabeleceria o Juízo Final antes do ano 1000 d.C., e portanto escolheram a data de 31 de dezembro do ano de 999 d.C para a segunda vinda de Cristo. Muitos doavam e vendiam seus bens, passando a viver nas montanhas, muito rumaram em direção à Jerusalém. O ano 1000 d.C , chegou, foi-se e nada aconteceu. Todos voltaram as suas atividades normais e foi um prejuízo incalculável para a sociedade.

Na Idade Média

Na Alemanha, um astrólogo de nome Johanes Stoeffler, membro do corpo docente da Universidade de Tubingen, figura de grande envergadura e respeitadíssimo, publicou em 1499 um livro intitulado Efemérides em que anunciou o fim do mundo por um dilúvio previsto para 20 de fevereiro de 1524, segundo ele em virtude de uma conjunção de vinte planetas, no signo de Peixes pois Stoeffler era astrólogo e na sua época astrologia tinha grande prestígio e credibilidade.
No dia marcado por coincidência ocorreu um grande temporal com trovoadas e relâmpagos, que durou por alguns dias, causando desespero total da população, mais depois tudo voltou ao normal. A tempestade não foi o início do dilúvio, nem mesmo o fim do mundo ocorreu. Johanes errou, e a Bíblia estava certa quando Deus disse que não destruiria mais a terra por meio de um dilúvio ( Gn 9.11 ).
Michel de Notredame, conhecido por Nostradamus, nasceu no dia 23 de Dezembro de 1503, na França. Foi uma criança bem, instruída por seu avó e aprendeu o latim, grego, hebraico, matemática, astrologia, alquimia, cabala, além de aprender o manejo do astrolábio, a contemplar as estrelas e ler o “destino” dos homens nas conjunções dos astros.
Por volta de 1555, Nostradamus, publica pela primeira vez as “centúrias” que é conjunto de “profecias” agrupadas em cem estrofes, de quatro versos cada uma.
Em seus escritos, Nostradamus prediz que o fim do mundo seria na virada do milênio do ano 1999-2000:

No ano de 1999 e sete meses, do céu virá o grande rei do terror; Ele fará reviver o grande conquistador de Angoulmois, antes e depois, a guerra reinará com felicidade“( X-72)

Outra profecia que não se cumpriu, pois Jesus disse: “Não vos pertence saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu no seu próprio poder” ( At 1.7)
Em 1818 William Miller, começou a pregar anunciando que Cristo retornaria a terra em 20 anos, e em 1831 reafirmou que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843 usando a profecia de Daniel 8.13-14 dizendo que as 2300 tardes e manhãs correspondiam a 2300 anos e datou como ponto de partida o retorno de Esdras a Jerusalém em 457 a.C. Muitos se desfizeram de seus bens e foram paras as montanhas aguardar a volta de Cristo à terra. Nada se cumpre e então ele diz que foi erro de cálculo, marcando nova data para 22 de outubro de 1844, que também fracassou. Diante disso, ele se arrependeu , voltou a igreja a Igreja Batista, pediu perdão e foi servir a Deus.

Ellen Gold White

Ellen Gold White, dissidente do movimento de William Miller, diante dos fracassos das profecias de Miller, afirmou ter tido uma visão, na qual Cristo teria realmente voltado em 1843. Afirmava ela que o santuário de Daniel 8.13-14 está no céu e não na terra. Cristo teria vindo em 22 de outubro de 1844 a esse santuário do céu, para purificá-lo, o que ainda está fazendo; depois sim, viria a terra. Sua vinda a esse santuário, por ser no céu, logicamente foi invisível aos homens.
O grupo dos seguidores de Ellen White, ficou conhecido como” Adventistas” até 1860. A partir daí, devido às visões da Sra. White sobre a guarda do Sábado, passou a ser denominado de “Adventistas do Sétimo Dia”. Ela também errou, “porque ele vem com as nuvens e todo olho o verá, até mesmo os que trespassaram”. ( Ap 1.7 )

A segunda vinda de Cristo conforme a visão de Russel

Charles Taze Russel ainda bem jovem rejeitou a doutrina do castigo eterno, provavelmente devido à rígida educação religiosa recebida na Igreja Congregacional. Em 1870 quando ainda era adolescente e sem formação teológica formal, organiza uma classe de estudos bíblicos em Pittsburgh, que em seis anos depois seus membros, eventualmente, fizeram dele um “pastor”.
Russel asseverou que o mundo veria “o pleno estabelecimento do Reino de Deus na terra, em 1914 d.C., o término dos tempos dos gentios” ( C.T.Russel, Thy Kingdom Come, 1891, pag 126).
Suas profecias são absurdas, em 1877 Russel juntamente com Barbour publicaram uma obra intitulada “Três Mundos ou Planos de Redenção” onde esclarecem suas “profecias” nos seguintes termos:

A segunda presença de Cristo começou invisivelmente no outono de 1874 e com ela um período de ceifa de quarenta anos

Nenhuma dessas coisas, porém, aconteceu, Charles Russel errou e a palavra dos dois varões vestidos de branco estava certa “Varões galileus, por que estais olhando para o céu ? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir, assim como para o céu o viste ir” (At 1.11).
Joseph Franklin Rutherford, em 1894 após ler os livros ” Millennial Dawn”( Aurora do Milênio ) ele escreve a Sociedade Torre de Vigia declarando sua satisfação em ler os livros. Em 1906, Rutherford foi batizado nessa organização e um ano mais tarde tornou-se consultor jurídico da Sociedade Torre de Vigia dos EUA.
Após a morte de Russel, Rutherford conquistou a simpatia da organização e assumiu sua direção e suas convicções religiosas logo se tornam conhecidas, ele as expõem em seus escritos. Rutherford então “profetiza” que o fim do século seria no ano de 1925, com a ressurreição dos patriarcas em sua obra “Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão” publicado em 1920 com as seguintes declarações:

“…desde que outras escrituras definitivamente estabelecem o fato, de que Abraão, Isaque e Jacó ressuscitarão e outros fiéis antigos, e que estes seriam os primeiros favorecidos, podemos esperar em 1925 a volta desses homens fiéis de Israel, ressurgindo da morte e completamente restituído à perfeição humana, os quais serão visíveis e reais representantes da nova ordem das cousas na terra“.

BETH SARIM (Casa dos Príncipes), Adquirida pela STV para recepcionar os príncipes Abraão, Isaque, Jacó e outros no tempo de Rutherford.
Nada porém se cumpriu, porem Rutherford continuou insistindo com suas profecias, a Palavra de Deus sempre será infalível, Jesus disse: “porque o Filho do homem virá na hora em que não penseis”. ( Mt 24.44).
Em 13 de Janeiro de 1942, assumiu a presidência das Testemunhas de Jeová, com 37 anos, Nathan Homer Knorr. Sua principal meta era expansão da organização mediante trabalho missionário, dando grande destaque a educação.
Criou a Watchtower Bible School of Gilead ( Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia) para treinamento missionário, em 1º de Fevereiro. Também foi criada a Escola do Ministério Teocrático para treinamento de pregadores para as congregações locais.
Em 1966 é lançado pela Organização o livro “Vida Eterna- Na Liberdade dos Filhos de Deus”, aonde consta uma tabela cronológica que indica o ano de 1975, como sendo o ano em que a humanidade completaria 6.000 anos de existência. Quando isso acontecesse, teria início o Reinado Milenar de Cristo, precedido pela guerra do Armagedom.

Willian Miller

Enfim chega o ano de 1975, e a profecia de Knorr falhou e o Armagedom não veio, junta-se ele, a Russel e Rutherford como falsos profetas.( “Como conheceremos a palavra que não procede do Senhor? Quando tal profeta falar em nome do Senhor, e o que disse não acontecer nem se realizar, essa palavra não procede do Senhor”. Dt 18.20)
Em 22 de junho de 1977, é eleito o novo presidente das Testemunhas de Jeová, Frederick Willian Franz. Conhecemos os profetas pelos seus ensinos, e no livro “Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra” do ano de 1983, p.154 diz: ” A que geração se referia Jesus? Ele referia-se a geração de pessoas que viviam em 1914. As pessoas ainda remanescentes daquela geração são agora bem idosas. Contudo, algumas delas ainda estarão vivas de modo a presenciar o fim deste sistema iníquo”. Franz mantém a linha escatológica de seus antecessores em relação a volta de Jesus para esta geração.
Na revista Despertai -8 de abril de 1988,p.14 diz: Do mesmo modo hoje, a maior parte da geração de 1914 já desapareceu. Todavia há ainda milhões de pessoas na terra que nasceram naquele ano ou antes disso. E, embora o número delas esteja diminuindo, as palavras de Jesus se cumprirão, “esta geração não passará sem que tudo isto aconteça”. Esse é mais um motivo para se crer que o dia de Jeová, que virá como um ladrão, está iminente.
Ora, se uma geração pode durar no máximo 80 anos, então quem nasceu em 1914 teria em 1994 exatamente 80 anos. Este seria o ano para o término da geração de 1914. Não é preciso dizer que de novo as profecias falharam.
Todos eles erraram, suas predições não tiveram cumprimento, falaram pela soberba do coração e levaram milhões ao erro, estamos aguardando na palavra de Deus “se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Hc 2.3), sabemos que ele virá, não sabemos quando, mas sabemos que sua palavra se cumprirá.

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