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quinta-feira, abril 18, 2024

Cosmos: A soberania de Deus que excede a todo o entendimento

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No dia 21 de dezembro de 1968 os astronautas James Lovell, Frank Borman e Willian Anders embarcaram na primeira missão tripulada a orbitar a lua. Após uma viagem de 3 dias e quase 400.000 km, a tripulação se aproximou de seu destino. Era véspera de Natal daquele ano e, após as suas observações da superfície lunar, os astronautas mandaram uma mensagem para o que era até então, a maior audiência da televisão da história:

“Para todas as pessoas que estão na aterra, a tripulação do Apollo 8 tem uma mensagem para vocês.
No princípio, criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo. E o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E Deus disse: Que haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz.
E, da tripulação do Apollo 8, encerramos com um boa noite, feliz natal e Deus abençoes todos vocês”.

Logo após o retorno a terra, foi perguntado ao astronauta comandante da missão Frank Borman, o porquê de escolherem a mensagem do livro de Genesis. Sua resposta demostrou a sua fé pessoal:

“Nós queríamos transmitir a nossa sensação de proximidade ao Criador de todas as coisas”

Desde a antiguidade, os homens já tinham uma admiração pelos céus. Os chineses antigos usavam torres de pedras para tentar observar os céus mais de perto. Eles não tinham ideia das distancias imensas que hoje conhecemos sobre as estrelas e planetas. Estas distâncias são tão imensas que a medida se dá não em metros, ou quilômetros, mas em ano luz, ou seja, a medida é feita com base na velocidade da luz.

Nossa Lua

Para se ter uma idéia, em um único segundo, um faixo de luz percorre 300.000 quilômetros; então, um ano luz equivale a 9,6 trilhões de quilômetros. Só para ter uma ideia disso, a estrela mais próxima de nosso planeta (sem contar o sol) é Alfa Centauro C que está a uma distância de mais ou menos 4 anos-luz. Se tivéssemos uma nave para fazer esta viagem com a nossa tecnologia mais moderna dos dias de hoje (2021), levaríamos cerca de dez mil anos para chegar até lá.

Essa não foi a primeira vez que o universo atraiu os cientistas e exploradores para perto de Deus. Na verdade, muitos dos fundadores da astronomia moderna incluindo Nicolau Copérnico, Galileu e Isaac Newton buscaram revelar e honrar o criador através de algumas das descobertas mais importantes já feitas.

Essa motivação também inspirou Johannes Kepler, o matemático alemão que foi o primeiro a calcular o movimento planetário. No início do século 17 Kepler escreveu:

“A ciência é o processo de pensar os pensamentos de Deus após ele e… o meu maior desejo é perceber o Deus que encontro em todos os lugares do mundo externo.
Eu já tive a intenção de me tornar um teólogo, mas agora vejo como Deus é através de minhas descobertas, também glorificado na astronomia, pois os céus declaram a glória de Deus”.

Hoje, mais de quatro séculos após Kepler, o universo continua nos cativando com seu esplendor e design. É um espelho que reflete a maestria de Deus, e uma voz que fala claramente toda noite sobre seu caráter e poder.

A beleza tremenda que é revelada pelas fotos do telescópio Hubble e o tamanho enorme do universo evidencia a majestade e a grandiosidade de Deus, que transcende o universo e é maior do que esse cosmos que vemos. É a grandiosidade e a majestade de Seu criador.

Já parou para pensar sobre a imensidade de Deus?  A pura magnitude de seu poder e tamanho?  É um conceito difícil de entender por que Deus é Espírito, então não há nada físico sobre sua estrutura. Ele não pode ser medido por metro ou milhas, tempo ou espaço.

Se fizéssemos uma viagem para 45 bilhões de anos-luz além dos limites da terra, veríamos que a Via Láctea faz parte de uma comunidade de no mínimo 40 galáxias unidas pela gravidade, para formar o que é conhecido como o grupo local.  Se pudéssemos visualizar, veríamos que cada ponto de luz não é mais uma estrela individual, mas uma galáxia inteira cheia de bilhões de estrelas. O nosso grupo local fica adjacente ao aglomerado de Virgo Cluster, uma grande concentração de aproximadamente duas mil galáxias espirais elípticas e anãs que emitem nuvens quentes de plasma e poeira.  Essa criação espetacular é o coração de uma cadeia de ilhas cósmicas que foram moldadas pela força gravitacional de 40.000 galáxias diferentes. Coletivamente, elas formam o super glomerado de Virgo, uma das maiores estruturas conhecidas pela ciência. Porém, se nos afastarmos mais ainda, essa cadeia rapidamente se perde entre várias formações de composição e tamanhos similares. Virgo é apenas uma gota em um balde cósmico que pode conter até 10 milhões de super glomerados, cada um sendo um fio fino na construção de larga escala do universo observável. É uma grande teia de fios tecidos por cerca de 2 trilhões de galáxias e por estrelas mais numerosas do que grãos de areia em todos os desertos e praias do mundo.

Então qual é o tamanho de Deus?  Ele é grande o suficiente para criar um universo com dimensões tão vastas que vão além da nossa compreensão e mesmo assim, nas palavras do profeta Isaías ele consegue medir tudo com os dedos de Sua mão. A magnitude do poder e do tamanho de Deus nunca poderá ser calculada pela matemática ou pela física, pois Ele é onipotente, eterno e infinito.

Nosso lugar na Via Láctea

Se se explorarmos o cosmos com a mente aberta sem limitar a teoria do acaso cego e da colisão aleatória de átomos, vamos descobrir uma tapeçaria magnífica criada por um Artista consumado que trouxe tudo isso à existência, a partir de absolutamente nada. Qualquer um que já tenha olhado para o céu estrelado, as evidências da estatura e do caráter de Deus brilham mais forte do que a luz de mil estrelas.

“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;” (Romanos 1:20).

Muitos físicos já disseram antes que a descoberta de que o universo foi finito no passado e que tinha um começo, é uma das descobertas mais incríveis na história da ciência. Isso mudou completamente a visão que tinha dominado a ciência por mais de 2.000 anos. Isso foi escrito em Gênesis Cap. 1.1 “No princípio foi Deus quem criou o céu e a terra”, e uma das descobertas mais incríveis do século 20 da cosmologia, foi a confirmação sobre a antiga previsão judaica a respeito do início do universo.

Durante os anos 1920 duas das descobertas mais importantes da história da ciência foram feitas no observatório Monte Wilson acima de Los Angeles. Por oito anos, o astrônomo Edwin Hubble fotografou e estudou o cosmos com o maior telescópio do mundo. Em 1923 Hubble confirmou que formações misteriosas chamadas de nebulosas, que todos acreditavam ser nuvens enormes de gás, estrelas e poeira na Via Láctea, na verdade eram galáxias individuais localizadas muito além da nossa. Cinco anos depois ele verificou que essas galáxias estavam se afastando uma da outra a velocidades impressionantes. O nosso universo que há muito tempo era considerado eterno, estático e relativamente pequeno crescia cada vez mais por segundo. As implicações eram surpreendentes. Porém, se o universo está se expandindo continuamente então em algum momento da história ele deve ter sido menor e mais compacto.

“Se revertermos o movimento para fora das galáxias e voltarmos no tempo, elas se aproximam cada vez mais e chegamos ao ponto no qual eles são basicamente infinitas intensidade e temperatura. Não é possível ir além disso. Teve um começo. Teve um momento no qual tudo começou e isso é impressionante porque tem uma grande evidência teológica nisso. Se teve um começo no momento da criação do universo, então teve um criador.  A ideia do Criador não é compatível com agnosticismo e assim como eu não posso acreditar que teve um criador, não posso acreditar que tudo aconteceu por acaso, o que implica na existência de um criador”. (Robert Jastrow – agnóstico)

A incerteza de Robert Jastrow foi alimentada por várias descobertas que apontaram que o universo foi criado a partir do nada era governado pelas leis da física e química primorosamente equilibradas, para garantir uma vida complexa.

Robert Jastrow morreu em 2008. Sendo fundador do instituto espacial Goddard da Nasa e diretor do observatório Monte Wilson, ele ajudou a popularizar a astronomia ao redor do mundo. Em seu livro best-seller “Deus e os astrônomos”, Jastrow descreveu o conflito filosófico entre o materialismo científico e as provas de um universo que teve um começo.
Em vez de desmentir a existência de Deus, os astrônomos podem estar encontrando mais provas circunstanciais de que Deus existe… De que universo começou repentinamente em um ato de criação. Para o cientista que vive com a sua fé no poder da razão, a história termina como um pesadelo. Ele escalou as montanhas da ignorância; está prestes a conquistar o pico mais alto; e conforme sobe a última rocha, é recebido por um grupo de teólogos que está lá há séculos. (Robert Jastrow)

Um Eclipse Solar Perfeito

É um privilégio estar em um planeta tão habitável, que nos permite viver confortavelmente, ter tudo que precisamos para fazer ciência e aprender sobre o universo ao nosso redor e para aprender sobre as nossas origens e para conseguir responder qualquer pergunta que possamos fazer.

Vejamos a beleza misteriosa sobre o eclipse solar. As exigências para produzir no eclipse total do sol são: um corpo luminoso, no nosso caso o sol; um corpo eclipsante, no nosso caso a lua e uma plataforma de observação, no nosso caso a superfície da terra e, todos precisam estar em linha reta no espaço. O tamanho aparente da lua no céu tem que ser quase exatamente igual ao tamanho aparente do sol no céu, os dois com cerca de 0,5 grau. O sol é 400 vezes maior que a lua, mas está a uma distância 400 vezes maior.

Segundo Guilhermo Gonzalez, autor do livro “The Privileged Planet”:

“O melhor lugar em todo sistema solar para ver eclipse solares é a superfície da terra. Eu cheguei a calcular as circunstâncias para eclipses em todos os outros planetas e de todas as luas, e é uma “coincidência” incrível o único lugar que tem observadores é o lugar com os melhores eclipses”.

Eclipse

Conforme Gonzales examinava esse alinhamento raro do sol, da lua e da terra, ele reconheceu a importância desses corpos celestiais para a existência de vida complexa no nosso planeta. A força gravitacional causada pela nossa lua por exemplo, é forte o suficiente para regular o clima da terra, estabelecendo sua inclinação e ajudando a circular as águas geladas e quentes dos seus oceanos. E a distância do nosso planeta para o sol, possibilita a existência de água líquida e uma atmosfera rica em oxigênio. É preciso ter a distância certa do planeta do observador até a estrela hospedeira, e precisa ter uma lua bem grande.

A natureza do nosso planeta e de sua atmosfera, a sua localização no sistema solar, o tipo de sistema solar onde ele está e até mesmo o tipo de estrela que nos cerca e a nossa localização na galáxia, são ideais para se fazer uma grande variedade de descobertas científicas, e pôr acaso estas também são as condições mais importantes de um planeta habitável, um planeta propício para seres como nós e sem o qual não poderíamos sobreviver. Será tudo isso uma coincidência?

Tem um certo aspecto sobre o universo que não pode ser simplesmente explicado através de forças impessoais da natureza, de átomos que colidiram com átomos. Então, temos que buscar algo além do universo para tentar explicar isso. Por que o universo existe de forma que os lugares mais habitáveis também oferecem as melhores oportunidades para descobertas científicas?

O Pálido ponto Azul

Em dezembro de 1980 a sonda Voyager I da Nasa, completou sua exploração histórica de Júpiter e Saturno. De todos os aspectos, a missão foi um grande sucesso. Por mais de vinte meses a sonda não tripulada analisou e fotografou os dois maiores planetas e suas luas revelando uma variedade de informações sobre esses mundos misteriosos. Dez anos depois, conforme a Voyager se preparava para deixar o sistema solar, o astrônomo e especialista de missão Carl Sagan pediu uma última série de fotos que incluísse o planeta terra.

O “pálido ponto azul”

A ideai dele era mostrar ao público uma foto de como pequeno e isolado é o planeta terra. Em 14 de fevereiro de 1990 as câmeras da Voyager I capturaram um mosaico do sistema solar. Uma das imagens era uma vista da terra envolvida por um raio de luz com o nosso planeta a 5,95 bilhões de quilômetros de distância. Em 1994 Carl Sagan compartilhou suas reações a esta foto, durante uma palestra na universidade Cornell.

“Nós vivemos em um planeta insignificante de uma estrela monótona perdida em uma galáxia que repousa em algum canto esquecido do universo, no qual há mais galáxias do que pessoas. Mas considerem de novo aquele ponto. Ele é aqui, é o nosso lar, somos nós, nele todo mundo que você conhece, todo mundo que você já ouviu falar, todo ser humano que já existiu e viveu sua vida, o conjunto de nossas alegrias e sofrimentos, todo herói e covarde, todo camponês e rei, todo casal jovem apaixonado, toda a mãe e pai, toda criança esperançosa, todo inventor e explorador, todo professor de moral, todo astro, todo líder supremo, todo santo e pecador na história da nossa espécie, todos viveram lá em um grão de poeira suspenso em um raio de sol. A terra é um palco muito pequeno e uma grande arena cósmica. Nossas posturas, nossa suposta importância, a ilusão que temos de uma posição privilegiada no universo, são desafiados por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é uma partícula solitária em uma grande e abrangente escuridão cósmica e nossa obscuridade em toda essa grandeza, não há indícios de que chegará a ajuda de outro lugar, para nos salvar de nós mesmos”.

Três mil anos antes de Carl Sagan ponderar sobre a insignificância dos planetas e das pessoas, Davi, o rei pastor de Israel observou o céu noturno e achou respostas próprias. Elas estão registradas nos Salmos do Antigo Testamento:

“Ó Senhor, a tua glória é maior do que a dos céus. Quando vejo o céu noturno e vejo as obras dos teus dedos, a lua e as estrelas que tu preparaste o que são meros mortais para que te lembres deles? Seres humanos para que cuide deles? Mesmo assim um pouco menor fizestes do que teus anjos e os coroastes com glória e honra”.  (Salmos 8)

“Sabes quando me sento e quando me levanto; mesmo de longe, conheces meus pensamentos. Tu me vês quando viajo e quando descanso; sabes tudo que faço. Antes mesmo de eu falar, SENHOR, sabes o que vou dizer.
Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.
Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir.
Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?
Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás.
Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar,
mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá.
Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor,
verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz.
Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe.
Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. 
(Salmos 139:2-14)

Davi a abre o seu coração porque no fundo ele tem a reação certa, que é: eu fui um ser criado, sou um produto de uma mente que construiu a mim e tudo que existe no universo e, apesar do fato dele (Deus) ter construído coisas tão grandes e mais vastas do que eu, Ele se importa comigo.

No universo de Carl Sagan, não existe Deus. Já para Davi, o principal ator era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Um ser supremo e poderoso com o qual possamos ter uma relação. Seria muito solitário ser participante ser um acaso de sorte, sermos parte de uma longa teia de acidentes cósmicos.

Então como devemos interpretar o pálido ponto azul e os passageiros que nós chamamos de lar? Será que estamos largados em uma partícula de poeira e irremediavelmente perdida em um universo escuro e frio? Ou será que o nosso planeta com sua atmosfera rica em oxigênio, abundância de água líquida, com seu clima temperado e localização ideal no sistema solar, com seu campo magnético, geografia e dezenas de outros fatores que tornam a vida possível, é um produto magnífico de mente propósito e plano? E se a terra foi criada como um santuário para seres humanos? Será possível nós existirmos por um motivo maior do que a mera sobrevivência? Talvez o nosso destino seja único no universo, e como Davi podemos passar a nossa vida no pálido ponto azul pelo maior propósito de todos, para conhecer Deus e adorá-lo para sempre.

“E lá procurarão o Senhor, o seu Deus, e o acharão, se o procurarem de todo o seu coração e de toda a sua alma”(Deuteronômio 4:29)

Fogo Celestial

Elas estão entre as sete maiores maravilhas naturais do mundo. Demonstrações incríveis de arte que já foram celebrados em pinturas nas cavernas pré-históricas, na mitologia viking e nas peças de Shakespeare. Em 1619 Galileu as nomeou de Auroras, em homenagem a deusa romana do amanhecer. Hoje também a chamamos de luzes do norte e do Sul. No brilho etéreo desse fogo celestial, a beleza, o mistério, a maravilha tão evidente através do universo, iluminam o céu polar desde a Islândia até Antártica.

Aurora Boreal

Toda aurora no nosso sistema solar é originada na superfície turbulenta de uma estrela de sequência principal G2, a 149 milhões de quilômetros da terra (Estrelas da classe G são provavelmente as estrelas mais bem conhecidas, já que o nosso Sol é uma estrela desta classe). Periodicamente, picos de energia gerados dentro do núcleo do sol causam grandes tempestades que podem lançar milhões de toneladas de um plasma altamente carregado. Grande parte dele vai em direção à terra em um percurso de colisão. Esse vento solar pode destruir rapidamente a nossa atmosfera, ferver os oceanos e devastar todas as formas de vida. Por “sorte”, somos protegidos dessas catástrofes por uma provisão impressionante.

Debaixo da crosta e do manto do nosso planeta, uma camada de ferro, níquel e enxofre derretidos, com a grossura de 2.400km flui constantemente ao redor de um núcleo de ferro sólido. Esse movimento produz um campo magnético que irradia núcleo da terra através dos polos e milhares de quilômetros pelo espaço. Quando o plasma atinge esse campo, grande parte das partículas letais são desviados antes de chegar à superfície da terra. Porém algumas são atraídas até as linhas do campo magnético e são canalizadas diretamente para os polos norte e sul. Cerca de 99% da nossa atmosfera é formada por átomos de hidrogênio e oxigênio, esses componentes são eletricamente neutros. Assim que o plasma colide com um átomo, um elétron absorve a onda de energia e momentaneamente amplia a sua órbita ao redor do núcleo. Então essa partícula supercarregada volta a posição e ao tamanho normais, liberando um único fóton, uma pequena onda de luz colorida. O processo é repetido pelo céu noturno. Dependendo da altitude, os átomos de oxigênio e liberam fótons verdes e vermelhos, o nitrogênio azul intenso e tons de roxo. Essa enxurrada de reações atômicas gera grandes cortinas luminosas que podem se estender 402 km para o espaço. Às vezes elas formam anéis espetaculares acima dos polos magnéticos.

Deus nos deu um mundo que, se nós dermos alguma chance ele (o mundo) testemunha de forma fiel a Deus. E esse testemunho, essa voz que nós ouvimos da natureza fica mais forte e mais bonita quanto mais você a conhece. A sabedoria de Deus realmente é infinita e Ele cria um mundo com tantos detalhes interessantes: admiração, majestade, maravilha, beleza, funções biológicas, integridade planetária, o papel do planeta como um todo para manter a vida. Essa convergência de design funcional e beleza extraordinária, tão evidente no campo magnético da terra, também é uma forma que Deus usa para se comunicar através de todas as facetas da criação.

Primeiro Ele captura nossa atenção com artes de tirar o fôlego, pois o mundo natural é uma galeria cheia de obras de arte, cada uma com seu significado e revelação. Depois, se buscarmos entender com afinco os “como e porques” do cosmos, ficamos frente a frente com criador de tudo. O artista e engenheiro eterno que criou as maravilhas físicas, que enchem os nossos olhos inspiram nossos corações e garantem a nossa sobrevivência no terceiro planeta depois do Sol. Quanto mais aprendemos, mais complexas as coisas vão ser. Mas ao mesmo tempo, vamos encontrar os princípios subjacentes que nos farão ter uma visão da mente do Criador e, quanto mais aprendemos sobre isso, mais incrível vai ficar.

Números, mais números

Quantas estrelas existem no universo?

Em uma noite de céu limpo no deserto e sem o telescópio, podemos ver cerca de 5 mil estrelas individuais. Todas elas estão localizadas na Via Láctea, uma galáxia espiral relativamente típica com uma população estelar entre 100 bilhões e 400 bilhões de estrelas. E a Via Láctea é só um pontinho no universo observável que possui uma quantidade estimada de 100 bilhões até talvez 2 trilhões de galáxias ao todo.

Mapa do universo

Agora, vamos fazer as contas usando estimativas conservadoras: Vamos multiplicar 100 bilhões de galáxias por 10 bilhões de estrelas por galáxia. O resultado é impressionante: 1 bilhão de trilhão de estrelas. E lembrem-se que é apenas uma estimativa mínima. Para compreender um número tão grande, precisamos de um contexto.

Então vamos tentar isso: Há aproximadamente 135 mil grãos em 16m³ de areia e 235 milhões em 28 mil cm³. Mesmo que seja quase impossível determinar a medida exata, os geógrafos estimam que haja aproximadamente 320 mil km de costa e quinze milhões de quilômetros quadrados de areia de deserto na superfície do nosso planeta. Usando estimativas como essas, os pesquisadores da universidade do Havaí calcularam que, em todos os desertos e praias do mundo, existe cerca de 7,5 x 10^18, ou mais de 7 bilhões de bilhões de grãos de areia individuais (7.500.000.000.000.000.000). Considerando a dificuldade de contar os grãos de areia, vamos aumentar o cálculo havaiano por um fator de 10 (7.5×10^19). Com isso você conseguiria construir muitos castelos, mas é apenas uma fração do número total de estrelas, por que quando comparamos as estimativas de areia às estimativas de estrelas, o número de estrelas excede o número de grãos de areia por pelo menos de 10:1 (1.000.000.000.000.000.000.000).

Mas talvez essa não seja a parte mais incrível dessa história. Por que um único grão de areia, com diâmetro de 1mm, contém aproximadamente 500 bilhões de bilhões de átomos individuais. Há mais átomos em um grão do que a quantidade total de grãos de areia na terra, ou de estrelas em um milhão de galáxias como a Via Láctea. Antes de desligarmos a nossa calculadora, uma dose final de números altos.

Em uma única gota de água, há cerca de 1,7 bilhões de trilhões de moléculas de H2 (1.700.000.000.000.000.000.000). Ou seja: em algumas gotas grandes, o número total de moléculas pode superar o número total de estrelas em todo universo.

Então o que podemos interpretar a partir destas contas sobre a estrutura básica da criação? Bem, para começar, nós vivemos em um planeta que faz parte de um cosmos inimaginavelmente grande e complexo. Esse planeta está cheio de incontáveis universos atômicos e moleculares inimaginavelmente pequenos e às vezes até mais complexos e cada um desses reinos físicos, seja gigante ou microscópico, é mantido unido a cada segundo de cada hora de cada dia pelo Deus que criou tudo.

Assista ao vídeo abaixo e tente dimensionar tudo o que falamos até aqui:

O Universo Observável

“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. (Colossenses 1:16,17)

Nós fomos criados para poder ver Deus através da ordem criada em um livro para ser lido e ele aponta para além de si mesmo. Ele escolheu criar um universo com cenário que está constantemente e continuamente em todos os momentos e lugares, dia após dia, noite após noite testemunho sobre sua existência. Essa é a ideia da revelação geral de Deus, que é contínua e ativa. Ela declara a Glória de Deus.

Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. 
Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. Nos céus ele armou uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai de seu aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói. Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor”. (Salmos 19:1-6)

“Pois o Senhor é o grande Deus, o grande Rei acima de todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, os cumes dos montes lhe pertencem. Dele também é o mar, pois ele o fez; as suas mãos formaram a terra seca. Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador;” (Salmos 95:3-6).

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